segunda-feira, 21 de maio de 2012

Enviado, via correio electrónico, por DR JORGE PORTO (Ex-Alferes Miliciano de Artilharia)


Há muita acção no homem que sonha, e muito sonho no homem de acção
(Drieu La Rochelle)

Com um nó na garganta tenho vindo a ler o excelente blogue do DFE4 e a reviver esse tempo passado na Guiné entre Novembro de 1973 e Julho 1974. 


Estes testemunhos, em que se vê a nossa juventude viver, elevar-se, dar um passo, mais outro ainda, sofrer para saber morrer..., deixará, porventura, um sopro frio no coração de quem os ler, que fará, talvez, a si próprio a pergunta:
para quê esses sacrifícios inúteis?


Nada é inútil. E é preciso, para que um país seja respeitado, que possua homens desta têmpera prontos a dar tudo de si. 
Quando se teve o privilégio de viver com tais homens, tem-se a impressão de que estão sempre presentes a nosso lado e perguntamos: porque lutavam e qual a força que os animava?

Obrigado, caro Comandante Jesus por estar a juntar todos estes testemunhos e por exprimi-los com tanta precisão e tanto calor.

“O barulho dos botes faz-se finalmente ouvir. Discretamente, saio de entre a vegetação onde me ocultara. Pedro Menezes, com um sorriso e ar descontraído, saúda-me. Logo após, Cufar fica pra trás e rumamos ao Chugué. À nossa passagem, crocodilos deslizam silenciosamente das margens e a passarada espanta-se. O ar húmido e sufocante e o cheiro agridoce do mangal pressagiam a minha litania em finais de Março 1974, aquando do ataque do PAIGC, com viaturas blindadas, à guarnição de Bedanda”

Jorge Porto - Alferes Miliciano de Artilharia (17º PELART Chugué / Bedanda)

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